Silence...

Satisfação - Felicidade


Já ia me esquecendo desses conceitos primários.. De quão interligados são.
Na satisfação, há a paz de espírito.
Não gosto de conceituar felicidade como algo complexo.
Apesar de uma súbita gargalhada provocada por um comentário descontraído ser mais um sinal de estar contente, por que não definir também como um acesso de felicidade?
Essa idealização de felicidade ao fim do horizonte me exaure.
"Ser feliz ao alcançar algum objetivo".
Nah. Na satisfação há a felicidade, também.
Satisfação com o ser... ter e estar.

Tristeza, seja paciente. Não posso dedicar todo o meu tempo a você.
Tédio, vá com calma. Também gosto de estudar. Pode dar um espacinho pra disciplina?  T_T

Certa noite ouvi você chorar.
Esse dilema... Deve oprimir sua respiração.
Mas não fiz nada...
Deveria ter feito?



Para quem está fora da situação...
A solução pode ser clara.
Mas manifestá-la verbalmente,
tão simplesmente, tão "conhecedor de todas as causas"
Pode ferir alguém...
Porque... No fundo, é tão frágil...


Você... tem certo medo de observar, a sós, seu coração...?
Gosta de companhia...
Não te compreendo perfeitamente, mas, pensando melhor...

Não sei se divertindo para aliviar sua tensão
estaria passando melhor o tempo com você
Ou se aconselhando o que você já sabe...

Arg... Isso dói tanto em seu coração...

Fique bem...

Dandelions floating on the sky...
A silver ray of light reveals their delicate wings
Running with the wind... until there.

 Thinking about...

Eba! Conseguimos mais uma chance!
Dessa vez, nos esforcemos para que dê certo, né?
Última tentativa, pra sair do estado de inércia foi árduo.
\o√

27/09/2014

Envolta de uma densa escuridão
quase sensível
Eu seguia o vaga-lume.

Nunca parávamos.

Às vezes se apressava
às vezes desacelerava...

Percebi que a escuridão
prolongava-se para além do horizonte.

Que, por mais que tentasse me manter próxima 
a fonte de luz esquivar-se-ia de mim

A escuridão moía meu íntimo.
Decidi parar, me encolher e deitar
"Se vai me moer a longo prazo, por que não instantaneamente?"

Para minha surpresa,
o vaga-lume, suspenso no ar,
parado estava à frente.

"Pode ir. Estou bem aqui."

Ele se aproximou e me rodeou... 
Por um bom tempo.
Não parecia o mesmo vaga-lume apressado.
Lágrimas involuntárias desciam pelo meu semblante.

Próximo passo...

Primavera

Talvez... Eu tenha almejado demais e ignorado as coisas ao meu redor.
Sim, como me preocupar com a humanidade se deixo minha família "por si"?
Claro que não tenho controle sobre todos, não posso me assegurar que todos estão bem. Que ficarão bem.
Preciso cuidar desses que amo. Dedicar paciência, compaixão e amizade.
De fato me importo com eles. E, "espalhar o bem" é o que posso fazer.
Claro, concomitantemente buscando a bondade.
Experimentalmente, percebemos que reclamar só piora as coisas.

Que tal... sorrirmos para a vida mais uma vez?

Oportunidades surgiram, mas não as seguro com a mesma empolgação, com a mesma inspiração....

Ária da Esperança

                Há alguma esperança, mas exaurido está o coração de insistir

                Silencia-se, então, pela impotência

                Havendo necessidade de mudança...

                O que fazer?

               "Keep trying"...?

Keep Tryin' Utada Hikaru

"[...] Eu não me importo com nada

Até mesmo se eu estivesse correndo de manhã um pouco atrasada

Eu irei tentar o meu melhor

Quantas vezes eu tenho estupidamente acabado com minha esperança?[...]"

Me sinto paralisada. Vaaaaaaaaaamos! Uhu! Empolgação! Só que não, não funciona assim. Ou funciona?
Enquanto isso... Continuar tentando, ainda que sem empolgação/inspiração. Afinal, o mundo não parará, nem o tempo, nem as exigências...

Que perspectiva deprimente rs. Estou sendo dramática... Ou realista?
Suspiro ~

Briófitas - Frágeis plantinhas

Palavra de origem grega:
Bryon (βρύον - musgo) phyton (φυτόν - planta)

Durante o ensino médio, minha matéria preferida foi Biologia. E filosofia. E história. E matemática... E tudo. Talvez por isso minha dificuldade de escolher uma área para profissionalizar.

Briófitas... Sempre pequenas por não possuírem vasos condutores de seiva (xilema e floema). As pioneiras no processo de ~florestamento~ da Terra. Suas estruturas assemelham-se à plantas com formação completa.
-
Filoide - folha, cauloide - caule e rizoide - raiz. Mas, como o sufixo oide sugere, parece.
-
Por estarem no reino Plantae, naturalmente realizam fotossíntese.
Tão pequeninas...! Preferem lugares com menor incidência de luz solar, por serem frágeis. E úmidos, pois o transporte da gotinha que suga do chão é dada pelo processo de difusão - de célula a célula.
A vida que circula em pequenas criaturas, de maneira tão sistemática e bela. Devo dizer... Jardins dão uma sensação ~celestial~, de paz e naturalidade. Não quando aquele inseto desconhecido voa nas suas costas e anda no seu pescoço. Um barbeiro, por exemplo. Por que surgem do nada?!?!?! Haha. Daí você dá um golpe e ele emana aquele odor característico. Seu crime fica em evidência enquanto o odor não desaparece, e se pergunta: O que essa criatura faria em minhas costas, se não depositar a doença de chagas??? Fique na plantinha, poxa!
Talvez ele quisesse apenas um ombro amigo.    (rs)

Particularmente, gosto de estudar a origem etimológica das palavras. Facilita a compreensão do significado real e dá certa noção quando surge uma palavra desconhecida num livro ou numa prova, por exemplo. Melhor ainda quando se está taxonomicamente classificada.

Daquele caminho
pré-cimentado, cercado por árvores
tornou-se as margens
lar dos pequenos musgos
que, mais adiante,
um tapete verde veludo formariam.

Não era, necessariamente,
um tapete.
Mesmo porque se organizaram
não para serem pisados
Mas para juntos, crescerem.

O impacto de uma pisada
deformava sua estrutura?
Ou eram flexíveis?
De qualquer forma,
à margem mesmo que se concentraram.

Durante o verão, na época chuvosa
arriscavam se estender
ao longo do caminho
Com esperança de formarem uma floresta
para os pequenos seres

Se há lado positivo...?
Estou tentando, com esforço, vê-lo.

         
               Nausicaä - Estúdio Ghibli                   

Os dias seguem...
Parei, para não entrar em colapso.


É necessário adaptar. Mas quem disse que eu quero?
Tudo bem, estou tentando. Por que nasci nessa época caótica...?
Como um aborto oculto, queria não ter nascido.

"Querer, querer. Queres muito."
Sim, talvez eu deva amenizar nisso.
Permanecer reclamando como estou não vai resolver muita coisa.
Devo continuar procurando vaga-lumes no abismo...

Me inseri no caos ou ele está dentro de mim...?
Não importa para onde eu vá...

"O problema sempre está lá. O que você pode mudar é seu modo de vê-lo."

É uma questão de perspectiva, então?
Talvez... O coração, em meio a tanta tensão, chega a literalmente doer. Ou outro órgão interno próximo a ele...

♫*:..｡♡*ﾟ¨ﾟﾟ･ ♫*:..｡♡*ﾟ¨ﾟﾟ･ ♫*:..｡♡*ﾟ¨ﾟﾟ･ ~

Sanctuary - Utada Hikaru

In you and I, there's a new land
Angels in Flight
(I need more affection than you know)
My Sanctuary,
My Sanctuary yeah
Where fears and lies melt away
Music will tie
(I need more affection than you know)
What's left of me,
What's left of me now... [...]

[...] (So many ups and downs)
My heart's a battleground   [...]

I lost myself...

Don't know where i'm going... or where i am...

I lost myself... in my heart.

Frio inconstante... A primavera já surge, sutil.


Você pode esperar mais um pouco, Primavera?
Não me sinto preparada, ainda...

Não, você não pode.
Nem se importa com meu despreparo.
Tampouco eu... Com a sufocante mudança de estação.

Gosto de sua radiante coloração.
De sua vívida energia.

Sinceramente, muita coisa muda na transição das estações. Me importo, na verdade.


Seja gentil... Algumas árvores demoram mais para florescer...

Quando estou a aprender determinada matéria, independente da instituição de ensino ou do objeto de aprendizado, gosto de compreender aquilo. De representar o mais fielmente possível a realidade. Não gosto de ficar decorando. É uma espécie de atentado ao (meu) cérebro.
Demasiada abstração pode ser aceita, porém, se eu compreender as leis de funcionamento, fórmulas (delta, és excessão)

Te odeio, plano cartesiano. Por enquanto.
Ou para sempre >.<

Pena o tempo escorrer de minhas mãos... Amanhã já é prova.
Espero que o professor dê ponto pelo esforço de traçar os eixos do plano.

"Por que as pessoas insistem em viver?" Eu procurava a resposta, enquanto o trânsito engarrafado seguia lentamente. À frente, logo após o trocador, um senhor de idade balançava o pé. Não da forma frenética com que eu costumo fazer, seja para liberar energia ou pela singela sensação de estímulos nervosos, conexão cérebro-motor, contração e relaxamento. Ele meio que dançava. Batia os pés num ritmo que me recordava os filmes de discoteca antigos. Então ele alterou a posição da perna e começou a balançá-la. Estava sem apoiar no chão. Ia para frente, para trás.
Era amado? Se sentia esquecido?

Pela janela, via vendedores ambulantes. Sendo que raramente, um ou outro transeunte comprava uma pequena porção dos produtos que anunciavam - batata frita caseira, paçocas em quantidade, pipoca...

O trocador descansava a cabeça sobre os braços mas não entrava em repouso absoluto. Alguma porcentagem de sua atenção estava voltada para as paradas que o ônibus fazia em seu itinerário usual, em que passageiros iam e chegavam.
O costumeiro temor de ser abordado por um ladrão... Preocupava o motorista? O trocador? Os passageiros?
Por que aquelas pessoas que dormiam nas ruas insistiam em viver?

Por quê?


Meu coração pesava.

Ao lado, um senhor gentil me respondia à questões típicas de uma perdida. "Esse ônibus para perto de tal lugar?"

Suspiro.

Mudanças de rotina são exaustivas.
Me inseri no caos com algum objetivo. Ele vale a pena? Tenho outra alternativa?

Compensa?
.
.
.
O canto dos pássaros pela manhã invernal... Mesmo em meio a cidade caótica, com a flora devastada.

É possível...?